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Aonde vamos parar?

15/03/2010 16:21

Todas as circunstâncias levavam a crer que o clássico entre Santos e Palmeiras seria uma partida tranquila para o time da Vila Belmiro. Time com o melhor futebol apresentado neste começo de ano, o Peixe vinha embalado por conta da goleada estratosférica por 10 a 0 sobre o Naviraiense. Já o Palmeiras amargava a irregularidade neste começo de ano, aliado a doses de sorte, como na vitória diante do São Paulo.

Porém, o que se viu foi a melhor partida no ano de 2010. Muitos dribles, belos lançamentos e muita emoção. Um 4 a 3 para encher os olhos de quem viu a partida e esquentar de vez a briga pelas quatro vagas para as semifinais do Paulistão.

Todavia, este post não é sobre a partida em si, e sim sobre algo que cerne e faz parte do futebol e, principalmente, dos clássicos: a provocação. É de conhecimento geral que o time do Santos adotou uma prática diferente (e muito comum, por sinal) na hora de comemorar seus gols. Dancinhas, encenações, como queiram definir: os momentos logo após os tentos santistas são motivo de discussão. Até que ponto eles são válidos apenas como comemorações e em quais ocasiões se tornam motivo de provocação.

Neste caso, digo que as comemorações dos jogadores do Santos são válidas sim, como parte do espetáculo. Quem não gosta de ver a felicidade dos jogadores? Quem não repercute as dancinhas como algo engraçado, que traz alegria aos torcedores? Essas comemorações são apenas reflexo do futebol moleque e irreverente que o Santos resgatou neste ano e que não se via desde 2002, com a geração de Robinho e Diego.

Porém, no clássico de ontem, os jogadores palmeirenses também fizeram dancinhas após seus gols. E isso também é válido! Como dito anteriormente, faz parte do futebol, do clássico, da emoção da partida. É gostoso de ver isso. As provocações apimentam mais os jogos e até fazem os jogadores se doarem mais em campo para respondê-las na bola. Portanto, só quem ganha com isso são os torcedores, que acabam por assistir um espetáculo irreverente e não burocrático, como o futebol brasileiro sempre foi.

O problema é como as comemorações santistas repercutem fora de campo. Parece que existe um movimento contra o futebol moleque do Santos. Após a vitória do Palmeiras ontem, muitos torcedores, mesmo sem ser palmeirenses, desferiram frases em favor do resultado negativo do Peixe. Ouvi e li absurdos como “É bom mesmo, pra esses moleques aprenderem” e “Se quiser dançar, vai pra balada”. É inadmissível esse tipo de comportamento, inclusive vindo de torcedores brasileiros.

Então quer dizer que agora não se pode mais jogar com irreverência? Vamos então agora praticar o futebol burocrático, sem graça e frio? Não importa mais a cultura brasileira da ginga, o que importa é a truculência e o jogo feio? Uma vergonha ouvir de pseudo-torcedores frases como estas. Se não fosse a nossa irreverência e nosso futebol moleque, não teríamos todo o reconhecimento que conquistamos pelo mundo afora. Se não fosse o jeito brasileiro de jogar futebol, não teríamos revelado para a história todos os craques que imortalizaram o Brasil. Pelé, com 17 anos, deu um chapéu em uma final de Copa do Mundo. Nessa hora, ninguém é de criticar.

Fica o recado para essas pessoas. Pensem muito bem antes de soltar injúrias sem tamanho como estas. Pois, senão, perderemos muito mais do que o futebol moleque e irreverente. Perderemos também o orgulho de dizer: sou brasileiro, esse é o meu jeito de jogar futebol. Este é um post de indignação contra as asneiras que energúmenos acabam profanando em virtude de paixões desmedidas. Se gabam de uma pseudo-demagogia pós-vitória e vomitam "argumentos" respaldados em opiniões errôneas e sem fundamentos. É desse tipo de gente que o futebol brasileiro não precisa.

Basta o Bastos

06/03/2010 00:00

André Santos tem no currículo o triunfo recente na Copa das Confederações, em pleno solo africano. Kléber esteve fiel a Dunga durante a jornada nas Eliminatórias, e deu a volta olímpica na Copa América. Gilberto era titular naquela final contra a Argentina, e ainda carrega nas costas a experiência numa Copa do Mundo. Seria preciso força para vencer essa concorrência por uma vaga no Mundial. Pois nas últimas partidas, ela ganhou nome e sobrenome: Michel Bastos.

Não que o técnico mais supervisionado do Brasil tenha esquecido seus critérios. Estar bem no clube e ir bem na seleção ainda é importante para ele. Eis que Michel é vice-artilheiro do Lyon na temporada 09/10, e foi eficaz o suficiente para impressionar Dunga em apenas três jogos. Por isso, o Na Trave entrevistou o meia que, nos olhos da crítica, é o favorito para suprir a carência de um lateral-esquerdo na seleção canarinho.

Na Trave: Pelo Lyon, vem jogando como alternativa de ataque na ala esquerda. Entretanto, no Brasil, precisa voltar para marcar. Isto interferiu no seu rendimento, na sua opinião?

Michel Bastos: Não vou mentir. Depois que vim para a França, joguei mais como meia. Só que desde as categorias de base fui lateral-esquerdo. Uma posição que é minha, mas preciso de um tempo de adaptação. Gosto de jogar na lateral, mas por jogar avançado desde que cheguei ao Lille, a adaptação vem sendo complicada.

NT: Mas na seleção, Gilberto Silva e Felipe Melo poderiam cobrir os avanços para o ataque, não?

MB: Com certeza. Dentro de campo eles falam: “pode subir que a gente cobre”. No Lyon já não tenho essa liberdade de atacar ‘despreocupado’, pois os volantes lá ficam mais no meio. No clube não é a mesma coisa que é na seleção, e por isso confio: conseguirei me adaptar.

NT: Nesta adaptação, acredita que funcionará melhor ofensivamente, ou defensivamente?

MB: As pessoas cobram achando que preciso marcar melhor. Como meu ponto forte é o ataque, reconheço que preciso melhorar na marcação, e como lateral, o mais importante é defender. Só que os resultados são positivos até agora, sequer tomamos gol comigo de titular. É normal saírem jogadas do teu lado às vezes, mas só de estar bem posicionado já ajuda e, nesse aspecto, acho que fui bem.

NT: Ainda assim, suas melhores exibições foram no segundo tempo. Contra Inglaterra e Irlanda foi dessa maneira. O Dunga lhe passou confiança nos vestiários? Ou foi uma questão da postura do time nestas partidas?

MB: Quando se vai para a seleção, a primeira coisa a conquistar é a confiança. Precisei
jogar de forma mais simples no início. E a dificuldade se tornou maior por enfrentar jogadores rápidos e habilidosos como Robbie Keane e Wright-Phillps nas pontas. Tive que me concentrar muito no posicionamento. Quando acertei a marcação no segundo tempo, melhorei e pude avançar mais. Mas esse negócio da confiança em si mesmo vem aos poucos. Cheguei agora, sou novo, acho que não dá para pedir isso de começo, e é preciso ter calma. Mas estou satisfeito com o que fiz na seleção, e o Dunga concordou.

NT: Quanto ao treinador, o que ele te passou sobre seu desempenho até agora?

MB: Dunga nem conversou muito comigo. Os comentários que sei dele são os que ouço da imprensa. Mas nem precisa ele falar. Só a oportunidade de mais 90 minutos com a amarelinha já basta, e por isso agradeço a comissão técnica, pois não esperava isso. Hoje tenho a chance de ir pra Copa mesmo não estando nas Eliminatórias.

NT: E quanto a você? Confia nesta chance? O pessoal no Brasil lhe considera como favorito...

MB: Sinto que tenho grandes possibilidades. Mas não quero pensar que estou garantido. Só estarei lá se trabalhar bem no Lyon. Depende de mim, mas não quero botar na minha cabeça que já estou lá, pois nada está garantido. Porém, se conseguir, quero jogar, ser titular, e ajudar a seleção com o favoritismo que nos deram.

NT: Estar na Copa pode alavancar sua carreira. Pretende se mudar da França rumo a um gigante da Europa caso apareça a proposta?

MB: Penso em jogar nos grandes europeus sim. Mas graças a Deus, já estou no Lyon, jogando a Liga dos Campeões e disputando títulos. Lógico que gosto do futebol espanhol e do italiano, e se tiver a oportunidade de ir eu vou com prazer. Só que no momento estou muito feliz no Lyon.

NT: E depois que já estiver bem resolvido, volta para o Brasil?

MB: No momento, foi na Europa onde tive a chance de mostrar meu futebol. Não penso em voltar agora. Quero ficar no mínimo mais quatro anos aqui. E minha temporada desse ano foi melhor que a do ano passado pela questão da adaptação. A concorrência é diferente da que tinha do Lille, mas graças a Deus, sou vice-artilheiro do time. É o melhor momento da minha carreira.

Quanto pode custar um gol?

18/01/2010 16:08

O gol. Momento de êxtase máximo do futebol. Seja cruzando a linha fatal por milímetros ou estufando as redes com potencia bruta, é o ponto que determina campeões e derrotados, classificados e eliminados, aliviados e rebaixados. Algo de valor emocional tão imenso poderia custar quanto, financeiramente falando? Pois alguns times da elite brasileira em 2009 pagaram bem caro, mesmo não tendo um retorno ideal.

Fizemos um levantamento analisando algumas das principais contratações de 2009. Baseando-se nas despesas básicas para aquisição e manutenção de um jogador comum (valor da transferência + salários), a idéia foi tentar descobrir o valor de cada gol pago pelos homens de frente dos clubes da série A do Brasileirão. Um dos que ficou entre os primeiros da relação do “gol mais caro” curiosamente está na rabeira da lista dos mais queridos pela Fiel Torcida.

Souza se credenciava como o artilheiro do Brasileirão 2006 para jogar ao lado de Ronaldo no ataque do Corinthians. Entretanto, viu os planos frustrados pelo esquema com dois pontas pelos lados, Jorge Henrique e Dentinho. Pode mostrar serviço depois da lesão do Fenômeno, mas não conseguiu. Por isso, cada um dos quatro gols dele na última temporada custou R$ 2,31 milhões. A nível de comparação, quando Ronaldo estufava as redes, era quase 12 vezes mais barato (R$ 196 mil), sem falar nos patrocinadores atraídos por uma imagem mundialmente conhecida.

Contudo, parte dos R$ 41 milhões anuais deste novo contrato com a Hypermarcas servirá para cobrir despesas com outros dois atacantes “valiosos”. Por ser armador e não centroavante, não seria justo pedir que De Federico fosse artilheiro do Corinthians chegando no meio de 2009. Mas como chegou a peso de ouro, o gol do argentino terminou avaliado em R$ 3,93 milhões. Investimento pior (até agora) foi o de Edno, pois não marcou nenhuma vez, custando R$ 3,5 milhões só para ir ao Parque São Jorge.

Outro time a desembolsar valores altos por bolas na rede foi o Grêmio. Ainda que o Real seja mais valorizado que o Peso, foi a dupla de ataque vinda da Argentina quem cobrou como se a moeda oficial do gol fosse o Euro. Apesar do alto custo, a diretoria se esforçou para manter Maxi Lopez (R$ 453 mil por gol) com a camisa Tricolor, mas as cifras da Lazio foram tentadoras demais. Já com Herrera (R$ 1,067 milhões por gol), a solução foi emprestá-lo ao Botafogo para se livrar do salário alto.

E quando se trata de investimentos frustrados, nem mesmo o campeão brasileiro se safou para servir de bom exemplo. Após a contratação de Adriano (R$ 76 mil por gol), a nação rubro-negra ficou ainda mais empolgada com a chegada de Denis Marques, acreditando que nasceria ali uma dupla de ataque letal. Só que o centro-avante de trancinhas não repetiu o sucesso que teve no Atlético-PR, tanto no campo quanto nos cofres (R$ 840 mil por gol). A aposta agora é no também cheio de tranças Vagner Love, que alias também custou caro ao Palmeiras (R$ 240 mil por gol).

Mirando-se no mercado dos europeus, é bem verdade que os valores parecem irrisórios. Huntelaar é o exemplo perfeito, para tristeza do Milan, que pagou 15 milhões de Euros por apenas três gols do holandês na temporada. Só que os clubes tupiniquins tem muito menos grana de sobra para admitir baixo rendimento de jogadores caros.

Uma saída poderia ser um investimento nas categorias de base. A outra é simplesmente esperar a boa fase dos artilheiros voltar. Afinal, mesmo que façam apenas um gol, mas que seja definitivo para algum título, não terá preço que pague a felicidade de uma volta olímpica.

Confira aqui a tabela dos gols mais caros de 2009

Allez, les Bleus!

04/01/2010 15:40

Ano novo, vida nova no Na Trave. Um feliz 2010 a todos os leitores. Começamos o ano com um assunto de extrema importância: Copa do Mundo da África do Sul. Faremos uma série de análises sobre as seleções favoritas ao título. Para iniciar, os carrascos do Brasil em 2006: a França. Uma análise sobre o time, o treinador e o principal jogador.

Aposta na renovação

Do vice-campeonato mundial na Copa de 2006 até agora, a França não demonstrou a força que exibiu ao mundo com as gerações de Michel Platini e Zinedine Zidane. A precoce eliminação na primeira fase da Euro-2008 e uma campanha irregular nas Eliminatórias Europeias levavam a crer que Les Bleus não conseguiriam a vaga para o Mundial da África do Sul.

Com um time que não empolgava, a pressão sobre Raymond Domenech aumentava a cada apresentação ruim de sua seleção. Aos trancos e barrancos, a França chegou à repescagem europeia. E a vaga na Copa da África não poderia ter vindo de pior forma: em um lance muito criticado e discutido até hoje, Thierry Henry ajeitou a bola com a mão dentro da área da Irlanda e construiu a jogada que resultou no gol do zagueiro Gallas, que classificou a França para a Copa do Mundo.

A maneira como o selecionado francês vem se apresentando atualmente gera desconfiança entre os franceses. As saídas de Zinédine Zidane, Fabien Barthez, Claude Makelélé e Lilian Thuram da seleção provocaram uma renovação. Porém, até agora, os novos nomes convocados por Raymond Domenech não conseguiram repetir o bom desempenho da geração campeã mundial em 1998. Entretanto, os últimos desempenhos em Copas do Mundo (finalista em duas das últimas três edições) e a tradição do futebol francês ainda fazem de Les Bleus uma das seleções favoritas ao título mundial.

A atual formação da seleção francesa é recheada de jogadores jovens e muitos deles atuam no futebol do país. O goleiro Hugo Lloris (jogador do Lyon), os meias Yoann Gourcuff (Bordeaux) e Jérémy Toulalan (Lyon) e o atacante André-Pierre Gignac (Toulouse) são alguns exemplos. Com esses jogadores mesclam-se alguns nomes já consagrados no futebol europeu, como os dos zagueiros William Gallas (Arsenal) e Eric Abidal (Barcelona), dos meias Franck Ribéry (Bayern München) e Florent Malouda (Chelsea) e dos atacantes Nicolás Anelka (Chelsea) e Thierry Henry (Barcelona).

Como a palavra da vez na França é renovação, alguns nomes podem surpreender e dar muito trabalho para as defesas adversárias. Os meias Samir Nasri e Moussa Sissoko são titulares em seus clubes (Arsenal e Toulouse, respectivamente). Já as apostas no ataque francês são Karim Benzema, que recentemente se transferiu para o poderoso Real Madrid, e Loïc Remy, atacante do Nice e uma das revelações do Campeonato Francês.

A mistura entre jogadores consagrados e jovens apostas é o combustível para a ressureição azul.

Dados da Seleção Francesa:

Fédération Française de Football

Títulos: 1 Copa do Mundo (1998), 2 Eurocopas (1984 e 2000), 2 Copas das Confederações (2001 e 2003) e Medalha de Ouro nas Olimpíadas de Los Angeles (1984)

Atual campeão nacional: Girondins de Bordeaux

Campanha nas Eliminatórias: 21 pontos em 10 jogos (6v, 3e e 1d; 18 GP e 9 GC) – 2º lugar do Grupo 7 – Repescagem: Irlanda 0x1 França e França 1x1 Irlanda

Artilheiro: Gignac (4 gols)

Time-base: Lloris; Sagna, Abidal, Gallas e Evra; L. Diarra, Toulalan, Gourcuff e Ribéry; Anelka e Henry


Com a corda no pescoço

Apesar de ter levado a França ao vice-campeonato da Copa do Mundo em 2006, Raymond Domenech ainda não é unanimidade no comando da seleção francesa. Ocupa o posto desde 2004, após a eliminação da França na Eurocopa do mesmo ano. Na época, ele era o treinador da seleção sub-21 francesa.

Prestes a completar seis anos à frente da seleção francesa, Domenech tem na Copa da África do Sul o seu maior desafio como treinador. Muito criticado pela campanha irregular nas Eliminatórias, por muitas vezes foi cogitado que ele deixaria o cargo. A prematura eliminação na primeira fase da Euro-2008 contribuiu para um maior questionamento de seu trabalho a frente de Les Bleus. Domenech terá de mostrar um trabalho muito melhor do que o atual para continuar sendo o treinador da seleção de seu país. E sua tarefa não é das mais fáceis: conduzir o esquadrão azul francês ao título mundial, que não vem desde a Copa de 1998.

Raymond Domenech ganhou, recentemente, um apoio e tanto para se manter como treinador da seleção. Zinedine Zidane, maior jogador da história da França, pediu, no começo de dezembro, que o povo francês tenha mais paciência com o treinador. “A equipe está classificada para a Copa. Por isso, não é hora de falar em demitir o treinador. Ele levou a equipe ao Mundial, e agora o que devemos fazer é apoiar o time e a comissão técnica”, disse Zizou à imprensa francesa. Domenech foi treinador de Zidane na Copa de 2006, na qual ele foi eleito o melhor jogador do torneio, o último de sua carreira.


Ele é a experiência

Carrasco do Brasil na última Copa do Mundo, Thierry Henry é o último remanescente da seleção campeã mundial de 1998. Além disso, o atacante é o maior goleador da história da França, com 48 gols marcados em 111 partidas disputadas. Todavia, o atacante ficou marcado pelo controverso lance que classificou a seleção francesa para a Copa do Mundo de 2010.

Na ocasião, o avante do Barcelona ajeitou a bola com a mão e cruzou para o zagueiro Gallas empatar o jogo contra a Irlanda, em Saint-Dennis. O tento irregular carimbou o passaporte de Les Bleus para o Mundial da África do Sul.

Conhecido por suas velozes arrancadas e notável oportunismo dentro da área, Henry é sempre uma grande preocupação para os zagueiros. Além disso, o atacante é o homem de confiança de Raymond Domenech em campo, tendo herdado a braçadeira de capitão do volante Patrick Vieira, após a aposentadoria do meia do selecionado azul. A versatilidade também marca o estilo de jogo de Henry. Ele pode atuar como um atacante aberto pelos lados do campo (ponta) e também como centroavante, desempenhando bem ambas as funções.

Henry estreou profissionalmente aos 17 anos pelo Monaco, em 1994. Ficou lá por cinco anos, tendo conquistado o título de campeão francês na temporada 1996/1997. Em janeiro de 1999, transfere-se para a Juventus. Porém, não conseguiu se adaptar ao estilo de jogo italiano e, seis meses depois, troca a Itália pela Inglaterra, ao ir para o Arsenal.

No clube inglês, Henry se firma como um dos maiores atacantes do mundo à época, sendo decisivo em vários títulos dos Gunners. De 1999 a 2007, o atacante conquistou dois títulos da Premier League e, com 226 gols marcados, se tornou o maior artilheiro da história do Arsenal. Ele deixou Londres em junho de 2007, com status de ídolo da torcida, e foi negociado com o Barcelona, clube que defende até hoje.

Entre suas premiações pessoais, Henry venceu a Chuteira de Ouro (prêmio dado ao artilheiro máximo da Europa em uma temporada) em 2004 e 2005, sendo o primeiro jogador na história a conseguir ganhá-la duas vezes seguidas. O atacante francês também já foi escolhido Jogador do Ano Francês por quatro vezes, e foi vice duas vezes seguidas no prêmio de Melhor Jogador do Mundo, concedido pela FIFA (em 2003 e 2004).

Agora, como comandante de um time sem muita experiência internacional, é a hora de Henry provar que, mesmo sem Zidane, a França pode se manter como uma potência do futebol.

Ainda dá para se surpreender na Argentina?

14/12/2009 17:15

Lanus campeão em 2007. Tigre quase campeã em 2008. Vélez batendo o Huracan no meio do ano e agora, Banfield quebrando o jejum secular em cima do Newell's.

Surpreender-se com qual time consegue a volta olímpica na Argentina pouco a pouco vem se tornando corriqueiro. E nem dá mais para dizer que é luxo dos campeonatos curtos, pois se tivessemos turno e returno em 2009, o campeão seria o Lanús, com o Colón de escolta.

O motivo para isso? Os de costume: falta de planejamento de alguns, enquanto outros são premiados pela seriedade ao se construir uma equipe, embora a temida janela tambem interfira.

O Banfield é o exemplo fiel que concretiza essa teoria. Enquanto os grandes se preocupavam em contratações de impacto, o time do sul foi discreto e cirúrgico. Usou o dinheiro das vendas de Bertolo e Cvitanich para trazer jogadores que ninguém pensou em chamar, seja por desconhecimento ou por descrédito.

Com essa política vieram os principais nomes do time. A sólida dupla de zaga formada por Lopez e Sebá Mendez. O experiente Walter Erviti e a revelação colombiana, James Rodriguez, principais articuladores de jogadas. E, claro, a dupla de ataque uruguaia, Fernandez e Santiago Silva, artilheiro do Apertura com 14 gols.

Só que eles chegaram antes do Apertura, sendo alguns até mesmo no ano passado. Todavia, começaram a formar uma equipe sólida a partir do retorno de Júlio César Falcioni, outro que andava de moral baixa, mas já fez história ao levar o Taladro às quartas-de-final da Libertadores 2005.

Ainda assim, o Banfield não foi um time de futebol genial como o Huracán de Angel Cappa. Tampouco tinha uma figura que se sobresaísse, como já foi Riquelme no Boca.

Se sagrou campeão pela regularidade. Marcou com prudência, atacou com eficiência, quase sempre em passes de Erviti para gols de Silva. E principalmente, foi soberano no jogo aereo, tanto para se defender quanto para atacar.

E o que esperar do Taladro na Libertadores? A mesma equipe consciente do Apertura. Indiscutivelmente, a figura principal é Silva. Mas quem se preocupar demasiadamente com ele e se esquecer da habilidade de Fernandez, da criatividade de Erviti pela esquerda e de Rodriguez pelo meio vai se dar mal.

É bem verdade que isso tudo não torna o Banfield imbatível ou mesmo genial. Os sulistas tem apenas um time "acertadinho". Mas que deixou uma lição de como formar uma equipe com sensatez pode render um título.

Quem aprender essa verdade não mais se surpreenderá com equipes "pequenas" campeãs na Argentina.

Comentário dos leitores

Data 16/04/2011

De samara

Assunto meu time ecorinthias

Responder

o corinthias é o time mais bom do mundo se vc torcer para outro time mude para esse que vc vai se sentir melhor

Data 26/11/2010

De flavia laryssa do nascimento martins

Assunto corinthias

Responder

eu sou corinthiana e naô tenho vergonha de ser

Data 09/01/2009

De Rodrigo

Assunto BOCA recusou proposta do Corinthians pra amistos?

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"BOCA recusou proposta do Corinthians pra amistos de apresentação do elenco"
Tão com medo é Argentino? Só pq o Ronaldão tá no elenco agora?
kkkk
Pq eles recusaram?
FLW!! Abraço!

Data 08/10/2008

De Rodrigo

Assunto çÁbio da semana

Responder

kkkkkkkkkkkk

Já que ele falou isso depois da derrota de 4 X 2 pro figueirense, Vai ver ele tava querendo continuar de 4 !!!! Vcs num entendem a posição dele... uhauhauauhau

Vasco tá na merda mesmo!!

Data 06/10/2008

De Anderson Carioca

Assunto Erros de grámática

Responder

Se o Santista Flávio escreveu na coluna dele "Porém, o gol-relâmpago do Peixe desartodoou a defesa do Furacão" eu posso escrever conhecidencia, tendo em vista que mesmo que ele escrevesse "desatordoou" que é a forma correta, a aplicação do verbo seria errada, já que desatordoar é tirar o atordoamento.

Data 06/10/2008

De Anderson Carioca

Assunto Flu x Vasco

Responder

Alguém de vocês já viu que dia é Fluminense x Vasco?
Dia 2 de Novemro, finados.
Conhecidencia ? talvez...

Data 03/10/2008

De Anderson Carioca

Assunto Hamilton

Responder

O Hamilton pode ser mais idiota que o Senna, mas pega uma gostosa do pussycat dolls, o senna comia a galisteu
pensem nisso

Data 02/10/2008

De Rodrigo

Assunto SOM

Responder

Pessoal, no último programa o som tava perfeito!! tenta sempre deixar daquele jeito einh!!

Flw!!!

Data 01/10/2008

De Rodrigo

Assunto UEFA

Responder

Pooo... Nem teve a transmissão né? Tive que ficar ouvindo a Milly Lacombe falando merda mesmo... =/ kkkkkk